Sobre mim




Lembro de gostar de astrolgia desde sempre. Criança, meus pais tinham quadrinhos de madeira com as características de Aquário e Virgem, seus signos solares. Escutava no rádio as previsões diárias para os signos. Eu queria entender o que estava por trás daquilo: quem havia dito que aquele seria um dia bom para Touro e não para Sagitário? Por que um signo combinava com um e não com outro? Meus pais brigavam tanto por causa dessa incompatibilidade?

Adolescente, tratava de descobrir a data do aniversário dos meninos bonitos, para saber se o signo deles combinava com o meu. E devorava a sessão de horóscopo das revistas para adolescentes.

O primeiro mapa veio mais tarde, feito pela Internet. Depois, um cartaz em uma loja de produtos esotéricos me levou até Patrícia Musásci, primeira astróloga "de carne e osso" que me aconselhou e, de quebra, me deu aulas. Depois, os caminhos do universo me levaram, via Google, até João Acuio, que lá de Curitiba virou meu astrólogo e professor.

Estudar Astrologia não é mole. Como em toda área de conhecimento, os astrólogos divergem furiosamente entre si. Há os que sequer consideram planetas depois de Saturno, e os que interpretam até asteróides e pontos imaginários. Há os que acreditam piamente no livre arbítrio, e os que acreditam "mais ou menos". Quem advogue que o ponto mais importante de um mapa é o Sol, e quem afirme que, sem sombra de dúvidas, é o ascendente. Para uns, a Lua é a mãe, para outros, é a vida passada (ou as duas coisas?).

Eu, neófita, vivia esse inferno. Até entender que o céu risca a poesia e, aqui da terra, a gente se esforça para entender... cada um com as suas lentes, pontos de vista, ferramentas de interpretação. Relaxei. E achei que podia criar esse blog: uma forma de continuar a me aperfeiçoar e de interagir com vocês e com a poesia-dança celeste.